Introdução:
1. As varias saudações existentes na bíblia têm sido
motivo de controvérsia no mundo religioso. Há, por exemplo, aqueles que
defendem o uso de expressões de cumprimentos invariáveis; outros afirmam que se
deve praticar atualmente costumes dos mais formais da Palestina nos tempos
bíblicos, como o prostamento e o ósculo santo.
2. O ósculo santo, cujas referências aparecem na bíblia e
nos escritos de Ellen White, tem sido um assunto que tem despertado,
tornando-se, portanto, extremamente polêmico. Os que trabalham à revelia da
igreja usam-no como arma para atacar aqueles que têm defendido os princípios da
verdade.
I – Etmologia e referências à palavra ósculo na bíblia
1. A palavra ósculo deriva do latim osculum, que significa
beijo. O vocábulo propriamente dito tem seis referências bíblicas, todas no
Novo Testamento (Lc 7:45[i];
Rm 16:16[ii];
I Cr 16:20[iii];
II Cr 13:12[iv];
I Ts 5:26[v] e
I Pe 5:14[vi]).
2. Nestes textos, esta palavra foi mencionada, respectivamente,
por Jesus, Paulo e Pedro; sendo que, nenhuns outros escritos canonizados
mencionaram-na.
3. Estas citações fazem alusão a um costume milenar
praticado desde a era patriarcal até aos tempos da Igreja Cristã.
4. Antes de fazer uma análise minuciosa deste tema, é
importante observar que este costume, por mais que fosse amplamente praticado
no período arqueotestamentário, jamais foi referido em qualquer texto do Antigo
Testamento como uma regra imposta à sociedade judaica. Além do mais, outras
civilizações gentias também o praticaram.
II – O
beijo no Antigo Testamento
1. Convém lembrar que ósculo é uma espécie de
transliteração da palavra beijo, já que etmologicamente deriva de um termo da
literatura hebraica e reaparece, na literatura religiosa, transcrita em grego e
latim.
2. O vocábulo beijo aparece como substantivo sete vezes
no Velho Testamento e uma vez no Novo Testamento, totalizando oito.
3. O verbo beijar aparece trinta e quatro vezes na
bíblia: vinte e cinco no Antigo Testamento e nove no Novo.
4. O beijo foi amplamente praticado nos tempos bíblicos,
como se ver nos seguintes casos:
b.
Despedidas (Gn 31:55; 50:1; I Sm 20:41;
Rt 1:14; I Rs 19:20)
c.
Demonstração de afeto (Gn 48:10; II Sm 14:33; 19:39)
d.
Reconciliação (Gn 33:4; 45:15)
e.
Homenagem (Ex 4:27; I Sm 10:1)
f.
Adoração (I Rs 19:18; Jó 31:26-28; Os 13:2)
g.
Traição ( II Sm 15:5; 20:9)
h.
Demonstração aprovação ou bênção (Gn 27:27)
i.
Demonstração de afeto entre:
-
Isaque e Jacó (Gn 27:26-27);
-
Jacó e Raquel (Gn 29:11);
-
Labão e Jacó (Gn 29:13);
-
Jacó e José (Gn 46:29; 50:1;
- Davi
e Jônatas (I Sm 20:41);
-
Davi e Absalão (II Sm 14:33);
- Davi
e Barzilai (II Sm 19:39);
5. No período do Velho Testamento, o beijo foi usado para
expressar afeição por familiares e amigos em boas-vindas, em despedidas, demonstração
de afeto, reconciliações, homenagens, traições, adoração religiosa e traições.
6. Todos estes casos denotam o uso do beijo com um mero
costume étnico; pois não não nenhuma citação que o tornasse obrigatória para Israel
esta forma de saudação; visto que atitudes nem sempre são regras para serem
praticadas mas a expressão de uma cultura.
III-O beijo no Novo Testamento.
1. No tempos do Novo Testamento, o beijo era
usado em situções semelhantes as do Antigo Testamento. Era usado nas seguintes
situações:
a.
Demonstração de afeto (Lc 7:37-38; 15:20);
b.
Despedida entre amigos (At 20:37-38);
c.
Traição (Mt 26:48-49);
2.
Estes casos revelam que o beijo era usado em situações diversas nos dias do
Novo Testamento.
3.
Como podemos ver, o beijo era usado tanto no AT como no NT nas mais diversas
ocasiões com uma função primordial: demonstração externa de sentimento e
atenção ao próximo.
IV-Saudação na bíblia-Antigo e Novo Testamento.
1.
A saudação é toda e quanquer manifestação de apreço ou cortesia decorrente de
um encontro entre as pessoas. Não constitui necessariamente uma felicitação,
mas qualquer gesto primário manifesto diante de outrem ao encontrá-los ou ao
lhes escrever. A saudação pode ocorrer através de gestos fisionômicos,
expressões verbais ou ambos.
2.
É importante observar que o beijo não era única forma de saudação nos tempos
bíblicos, mas uma das formas. Atitudes e frases verbais usadas habitualmente
eram ultilizadas como cumprimento. Vejamos os casos:
a)
Beijos e abraços (Gn 33:4[ix];
At 20:37);
b)
Abraços (Mt 28:9);
c)
Beijos (Lc 7:45);
d)
Ato de prostrar (Gn 33:6-7; 43:26-28; I Sm 20:41);
e)
Expressões verbais:
- Paz
seja convosco (Gn 43:23; Lc 24:36);
-
Paz seja nesta casa (Lc 10:5[x]);
- O
Senhor te abençoe (Rt 2:4);
- Bendito
tu do Senhor (I Sm 15:13);
-
Saúde (III Jo 2; Tg 1:1);
-
Saudações (Tg 1:1);
-
Eu vos saúdo e abraços (Mt 28:9);
-
Graça e paz (Ef 1:2);
-
Salve, rei dos judeus (Mc 15:18);
-
O Senhor é contigo (Lc 1:29);
- Como
estás? I Sm 10:3-4[xi];
- )
Rabi (Jo 3:2[xii])
f)
Aperto de mão (II Rs 10:15);
g)
Beijos no pescoço (At 20:37-38);
3.
A saudação é um ato de cortesia que deve fazer parte do hábito do cristão ao
encontrar seus semelhantes, independentemente de religião, cor, etnia, acepção
cultural ou social e sem distinção em sua forma (deve-se saudar a todos de
forma igual).
V – Posição de Ellen White quanto a saudação e ao ósculo santo
1.
Antes de buscarmos dirimir qualquer arrimo com relação a uma proposição
bíblica, devemos ter como prioridade obter primeiramente a aprovação divina e
só então acrescentar ou buscar a posição dos escritos de Ellen White para nos
ajudar no entendimento, mas nunca como base asseverativa[xiii];
2.
Para compreender corretamente uma passagem ou tema da bíblia é preciso seguir
os princípios hermenêuticos ou interpretativos defendidos por Orígenes e pelos
primeiros adventistas consultando todas as passagens paralelas (aquelas que
tratam do mesmo tema)[xiv];
3.
Textos relevantes:
a).
LA 307: Profusão de beijos e sinais de amor cegam vossos olhos, e vossos
filhos o sabem. Dai menos importância a essas demonstrações externas de abraços
e beijos e descei ao fundo das coisas e mostrai o que constitui amor filial.
Recusai essas manifestações como fraude, como logro, a menos que sustentadas
pela obediência e respeito por vossas ordens.
b).
II TS, 515: Deus pede não somente vossa beneficência, mas um semblante
satisfeito, palavras de esperança, o aperto de vossa mão.
c).
LA 336: O beijo em vossa face em lugar e ocasião impróprios, deve levar-vos
a repelir com indignação o emissário de Satanás.
d)
I TS 579: Caso exista no coração a divina harmonia da verdade e do amor,
resplandecerá em palavras e ações. ... O espírito de genuína beneficência deve
habitar no coração. O amor dá graça, propriedade e modéstia na conduta daquele
que o possui. O amor ilumina o semblante e suaviza a voz; enobrece e eleva a
inteira personalidade. Põe-na em harmonia com Deus; pois é um atributo celeste.
e)
Ed. 240: A verdadeira cortesia não se aprende pela mera prática das regras
de boas maneiras. Deve em todo o tempo ser observado o devido comportamento.
Sempre que não se ache envolvida uma questão de princípios, a consideração para
com os outros nos levará à conformidade com os costumes aceitos; entretanto, a
verdadeira cortesia não exige o sacrifício do princípio aos usos convencionais.
Ela desconhece classes sociais. Ensina o respeito de si mesmo, respeito à
dignidade do homem como homem, consideração por todo membro da grande
fraternidade humana.
f)
LA 426: Maneiras gentis, conversação agradável, atos de amor unirão o
coração dos filhos a seus pais pelos suaves laços de afeição, e farão mais para
tornar atrativo o lar do que os mais raros ornamentos que se poderão comprar
com dinheiro.
g)
AA 364: Com infalível gentileza e ternura, Ele Se aproximava de cada
forma de miséria e aflição humanas.
h)
CE 63: A bondade e a gentileza deixam sua impressão na face e a vista
exercitada não vê nenhum engano, não descobre nenhuma maneira pomposa.
i)
Ed. 241:[xv] O
verdadeiro requinte nos pensamentos e maneiras aprende-se melhor na escola do
divino Mestre do que por qualquer observância de regras estabelecidas. Seu
amor, penetrando no coração, dá ao caráter aquele contato purificador que o
modela à semelhança do Seu. Esta educação comunica uma dignidade inspirada pelo
Céu e um senso das verdadeiras conveniências. Proporciona uma doçura de índole
e gentileza de maneiras que nunca poderão ser igualadas pelo verniz superficial
dos costumes da sociedade. A Bíblia recomenda a cortesia, e apresenta muitas
ilustrações do espírito abnegado, das graças gentis, do temperamento cativante,
que caracteriza a verdadeira polidez.
j)
Idem: Muitos que dão grande valor à etiqueta, mostram pouco respeito a
tudo que, apesar de excelente, deixe de corresponder à sua norma artificial.
Isto significa educação falsa. Alimenta um orgulho crítico e um exclusivismo
tacanho. A essência da verdadeira polidez é a consideração para com os outros.
A educação essencial e duradoura é a que alarga a simpatia, favorece a
afabilidade universal.
k)
Ex. MM 1992, 134: Marta anelava proporcionar-lhes conforto e, em sua
ansiedade, esqueceu a gentileza devida ao Hóspede. Jesus lhe respondeu branda e
pacientemente: "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas,
mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será
tirada." Luc. 10:41 e 42.
l)
I TS 299: Se Cristo não estiver no coração, o caráter será desagradável.
m)
LA 216: Sede cuidadosos em vossas palavras, cultivai refinamento de maneiras,
cortesia, gentileza, e sereis recompensados por fazê-lo.
n)
MCH MM 1989/1953, 76: A gentileza e fidelidade de José ganharam o
coração do capitão-mor, o qual veio a considerá-lo como filho, em vez de
escravo...
o)
Idem, 300: Mas ainda que cada palavra, cada gesto, cada expressão de Seu
rosto, tudo revelasse Sua supremacia divina, a humildade assinalava Sua conduta
e Seu porte.
p)
CT MM 2002, 259: No Oriente, a saudação costumeira ao visitar o lar de
um amigo era "Paz seja com esta casa" e, ao deixá-la, eram usadas as
mesmas palavras. Mas a despedida de Cristo foi de um caráter totalmente
diferente. (João 14:27.) Muita coisa está incorporada nessas palavras. Elas são
da maior importância e ecoarão até os mais remotos confins da Terra. ...
q)
Ed. 79: As bem-aventuranças foram a Sua saudação à família humana toda.
Olhando para a vasta multidão reunida para ouvir o Sermão da Montanha, parecia
Ele por momentos haver-Se esquecido de que não estava no Céu, e empregou a
saudação usual no mundo da luz.
r)
PP 233[xvi]: Em sua
primeira saudação a José, Jacó falara como estivesse pronto a morrer, depois
daquele feliz termo à sua longa ansiedade e tristeza.
s)
Idem, 610: Na planície de Tabor encontrou três homens que iam adorar a
Deus em Betel. Um deles levava três cabritos para o sacrifício, outro três
pães, e o terceiro um odre de vinho, para a festa sacrifical. Fizeram a Saul a
saudação usual, e também o presentearam com dois dos três pães.
t)
PE 117: A santa saudação mencionada no evangelho de Jesus Cristo pelo
apóstolo Paulo deve ser considerada no seu verdadeiro caráter. Trata-se de um
ósculo santo. Deve ser considerada como um sinal de amizade para cristãos
amigos quando partem, e quando se encontram de novo após semanas ou meses de
separação. Paulo diz: "Saudai a todos os irmãos com ósculo santo." I
Tess. 5:26. No mesmo capítulo ele diz: "Abstende-vos de toda forma de
mal." Pode não haver aparência de mal quando o ósculo santo é dado no
tempo e em lugar próprios.
t)
Texto polêmico de Ellen White:
PE
15-16 ou VE 58-59: “Foi então que a
sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns
aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés. ”
*Os
escritos sagrados fazem alusão a várias formas de saudações que variam segundo
a cultura, o tempo e o lugar; por isso não podemos tornar o ósculo uma
ordenação dogmática;
*O
contexto indica que EGW se refere, em sua primeira visão[xvii],
à última geração de crentes que presenciarão o segundo advento. Vejamos:
- “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a
muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos
vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os
ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu
sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de
Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai. Os 144.000 estavam
todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus,
Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de
Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e
arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão,
quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão.”[xviii];
*Os
fatos são desfrutados pela igreja triunfante, ocorrem por ocasião da volta de
Jesus e ressurreição dos justos em que há um clima de santidade e pureza:
- “Logo nossos olhares foram dirigidos ao
oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da
mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos
nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e
mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte
inferior tinha aparência de fogo; o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em
redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico
agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do Homem. ”
*Apesar
de que EGW afirme, pelas formas verbais, estar participando do contexto final,
na verdade esta afirmação se deve ao fato dela estar em estado êxtase, o que
era muito comum durante as visões de Ellen White e dos profetas bíblicos:
“Logo ouvimos a voz de Deus,
semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda
de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a
voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar
Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou
com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do
monte Sinai. Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua
testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela
gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e
santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão
de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão
em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão;"[xix]
*Segundo
relatos
VI – Saudação no mundo atual
1.
As formas e expressões praticadas na saudação mudam de país para pais e de
lugar para lugar[xx]:
a)
Filipinas: As pessoas se curvam perante os mais velhos e apertam as mãos
deles contra a sua testa em um movimento bem sutil como forma de respeito e
pedido de bênção. com uma espécie de beijar a mão, gesto reservado à demonstração de respeito às pessoas mais velhas.
Depois de pedir permissão, aproxima-se a própria testa em direção à mão do
destinatário, pressionando-a como que para aceitar uma bênção.
b)
Japão: Os japoneses, como sempre vistos como educado e elegantes mantém
o hábito de se curvar na hora do cumprimento. A duração desse ato varia de
acordo com a pessoa e a ocasião.
c)
Ìndia Palmas das mãos juntas na altura do peito, cabeça ligeiramente
inclinada, e o clássico 'Namaste', que significa: "eu me curvo às
qualidades divinas que estão em você" ou "o espírito que existe em
mim reconhece o espírito que há em você."
d)
Nepal: Os hindus têm o costume de se cumprimentar falando “namaste” ou
namastê (o Deus que habita em mim saúda) e
juntando as palmas das mãos com os dedos voltados para cima e pressionar ao
corpo, sobre o peito para ser mais específico. Semelhante a saudação aos
indianos.
e)
Tailândia: Um pouco similar aos indianos, os tailandeses usam como forma
de cumprimento as mãos em formato de oração e se curvam um pouco, apenas para
demonstrar respeito pela pessoa.
f)
França: Com um pouquinho mais de “intimidade”, os franceses têm o hábito
de beijar nas bochechas quando vão se cumprimentar. O que jugamos como um ato
de muita intimidade para eles é visto como normal e rotineiro. os amigos são
recebidos com três beijinhos, uma saudação que vem agradando também na
Itália, Bélgica, Holanda, Sérvia e Ucrânia.
g)
Nova Zelândia: A forma com que as pessoas Maori, em Nova Zelândia dizem
olá é juntando os narizes, frente a frente. O famoso “beijinho de esquimó” é
como eles se cumprimentam. Um pouquinho diferente aos nossos olhos. Os
simpáticos esquimós esfregam seus narizes em um gesto de cortesia
h)
Mongólia: As pessoas costumam receber um pequeno manto, chamado de hada
como presente em um primeiro cumprimento. As pessoas fazem toda uma cerimônia
para receber o hada, se curvando e demonstrando respeito.
i)
Arábia Saudita: Nesse país as pessoas costumam se cumprimentar falando
“As-salamu alaykum”, que significa “Que a paz esteja com você” e em seguida
colocam as mãos sobre o o ombro da pessoa e beijam os narizes. No mundo árabe
cumprimenta-se assim: a mão toca o peito, em seguida os lábios e finalmente a
testa. A
mensagem é linda: “eu te dou meu coração, minha alma, meus
pensamentos."
j)
Grécia: A forma com que os homens gregos se cumprimentam é um pouquinho
mais seca. Eles apenas dão um tapinha leve nas costas ou ombros do outro.
k)
Quênia: Os guerreiros da tribo Mansai, em Quênia costumam receber as
pessoas com um ritual composto por danças, muita música e um competição de quem
consegue saltar mais alto. É uma prática bastante incomum para cumprimentar um
recém-chegado. Os Masai saúdam dançando uma espécie de dança das boas-vindas chamada 'Adamu’, um desafio de quem salta mais alto;
l)
Havaí: Uma tradição de boas-vindas nas ilhas havaianas é beber em grupo. Cumprimenta-se assim: braço
levantado, polegar em direção à boca, dedo mindinho no ar, os outros dedos
dobrados e a mão a balançar.
m)
Tibete: Os tibetanos mostram brevemente a língua em sinal de respeito
e para demonstrar que não são a reencarnação de Langarma, um soberano tibetano
malvado que reinou de 838 a 841 d.C;
n)
Maori: Os Maori aproximam seus narizes às outras pessoas para sentir, do cheiro, se elas estão bem. Para cumprimentar,
pressionam o nariz e a testa simultaneamente em direção à outra pessoa;
2. Nos tempos antigos, o beijo era uma
forma de saudação cordial. Mesmo em nossos dias, há povos que ainda adotam esse
costume. Trata-se de um beijo na face, na testa, nas mãos, ou mesmo nos pés,
mas nunca nos lábios. Homens beijam homens e mulheres beijam mulheres. Basta
estar atento aos noticiários de TV para se notar esse costume em alguns países.
3.
As diversas formas de saudação diferem no mundo. Uma forma de uma determinada
região não pode ser imposta a outra por ser causar escândalo em sua forma
“estranha[xxi].”
VII – Saudação: regra ou princípio?
1.
Em todos os tempos costumes populares que não rebaixavam os princípios de Deus
foram praticados pelo povo de Deus, mas com o passar do tempo caíram em desuso.
Não constituíam uma prática dogmática, nem uma imposição mas um costume
adquirido e abandonado ao longo do tempo.
VIII – Conclusão:
1.
Quero terminar transcrevendo o que está numa citação da Revista Adventista de
maio de 1997[xxii]: “Justino
Mártir (First Apólogo
65) diz que esse costume era observado
durante a Santa Ceia, tendo-se tornado um sinal de paz, boa vontade e
reconciliação entre os cristãos primitivos. Ao escrever aos cristãos, o
apóstolo Paulo rogou-lhes que usassem esse costume como sinal de unidade e
amor.
Adam
Clarke, ao comentar Romanos 16:16, diz: "Nos tempos antigos, o beijo, como
um sinal de paz, amizade e amor fraternal, era frequente entre todos os povos;
e os cristãos o usavam em suas assembleias públicas, bem como em reuniões
ocasionais. Mas esse costume foi abandonado, não por causa de abuso, mas por
causa do crescimento da igreja, o que tornou impossível sua prática.
Em
alguns países, o beijo da amizade é ainda praticado; e jamais é praticado de
modo abusivo, nem é incentivo ao mal, pois é apenas um costume. O apertar das
mãos é, atualmente, a saudação costumeira em quase todas as congregações
cristãs." - The Holy Bibk, vol. 5, págs. 1.129 e 1.130.”
[ii]Rm
16:16: Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.
[iii]I
Cr 16:20: Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo
santo.
[iv]II Cr
13:12: Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.
[v]I Ts
5:26: Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
[vi]I Pd 5:14: Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor.
Paz seja com todos vós que estais em Cristo.
[vii]Gn
29:11 e 13: Então Jacó beijou a Raquel e, levantando a voz, chorou. .. Quando
Labão ouviu essas novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao
encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou à sua casa. E Jacó relatou a Labão
todas essas, coisas.
[viii]Gn 46:29: Então
José aprontou o seu carro, e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen; e
tendo-se-lhe apresentado, lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu
pescoço longo tempo.
[ix] Ver VSA 85: Todavia Jacó entendeu que tinha algo a
fazer para conseguir sua própria segurança. Expediu, portanto, mensageiros com
uma saudação conciliatória a seu irmão. ... Mas os servos voltaram com as novas
de que Esaú se aproximava com quatrocentos homens, e resposta alguma se enviava
à amigável mensagem. ... "Jacó temeu muito e angustiou-se." Gên.
32:7.
[x] Ver também SC 115: Mas convinha que aceitassem em
todo o lugar a hospitalidade dos que eram dignos, os que os receberiam de
coração, como hospedando ao próprio Cristo. Cumpria-lhes entrar na morada com a
bela saudação: "Paz seja nesta casa." Luc. 10:5.
[xi] E quando dali passares mais adiante, e chegares ao
carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a
Betel; um levando três cabritos, os outro três bolos de pão e o outro um odre
de vinho. E te perguntarão como estás, e te darão dois pães, que tomarás das
suas mãos.
Ver
também PP 610: E quando dali passares mais adiante, e chegares ao
carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a
Betel; um levando três cabritos, os outros três bolos de pão e o outro um odre
de vinho. E te perguntarão como estás, e te darão dois pães, que tomarás das
suas mãos.
[xii]"Rabi", disse ele, "bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus." João 3:2. ... Suas palavras visavam exprimir e
despertar confiança; na realidade, porém, exprimiam incredulidade. Não
reconheceu Jesus como o Messias, mas apenas como um mestre enviado por Deus. Em
vez de agradecer essa saudação, Jesus fixou os olhos no visitante, como se lhe
estivesse lendo a alma. Em Sua infinita sabedoria viu diante de Si um indagador
da verdade. Sabia o objetivo dessa visita e, no desejo de aprofundar a convicção
já existente no espírito do ouvinte, foi diretamente ao ponto, dizendo solene,
mas bondosamente: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. ...
[xiii] Ver II TS, 279: A Palavra de Deus é suficiente para
iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida por todo o que
sinceramente deseja entendê-la;
III ME, 30: O Espírito
não foi dado - nem nunca o poderia ser - a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois
esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e
experiência devem ser aferidos. ... Isaías declara: "À Lei e ao
Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva."
Isa. 8:20.
[xiv] Is 28:10 e 13: Porque é
mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra,
regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.... Assim, pois, a
palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre
mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali;
para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.
[xv] Ou II MCP, 667
[xvi]Ver Gn 46:29
[xvii]
Melhor detalhamento da primeira visão está descrito na RA 12/1954, 8-9
[xviii]PE, 14
[xix]PE, 14
[xxi] RA,
05/1997, 34
[xxii] RA
05/1997, 34