No AT há muitos exemplos de homens de Deus jurando e no NT recomenda-se que não devemos jurar, como harmonizar isto?
O juramento no Antigo
Testamento:
- Abraão e Abimeleque (Gn
21:31);
- Eliezer e Abraão (Gn
24:8,41);
- Esaú (Gn 25:33);
- Abimeleque e Isaque (Gn
26:28);
- Os filhos de Jacó (Gn
50:24-25);
- Raabe e os espias de
Jericó (Js 2:20);
- Josué e os gibeonitas
(Js 9:15);
- Os filhos de Israel em
Mispa (Jz 21:1);
- Saul e os israelitas (I
Sm 14:24,28);
- Davi a Jônatas(I Sm
20:3,17);
- Davi a Saul (I Sm 24:21-22);
- Davi ao lamentar a
morte de Abner (II Sm 3:35)
- Davi a Simei (II Sm
19:23);
- Davi a Bate-seba (I Rs
1:29);
- Gedalias (II Rs 25:24)
- Os israelitas sob
governo do rei Asa (II Cron 15:14-15);
- Herodes e Salomé (Mc
6:23).
O juramento no Novo
Testamento:
- Jesus condena o
juramento (Mt 5:34-37;
- Tiago recomenda que não
se deve jurar (Tg 5:12).
O voto é uma espécie de
juramento que o homem faz a Deus e era muito comum nos tempos bíblicos (Lv 5:4;
Ne 10:29; Ec 5:4-5; Sl 66:13-14; Pv 20:25).
O voto ou juramento
deveria ser levado muito a sério (Ex 22:11; Dt 6:13; Nm 5:21; 30:2; 6-8; I Rs
8:31-32; Is 48:1; Zc 5:3-4).
Era proibida jurar em
nome de outro deus (Jr 12:16-17)
O critério de juramento é
sempre jurar por algo superior (Hb 6:16).
Juramento nos escritos de
Ellen White:
a) Ellen White não
recomendou o juramento.
“É apresentada
a razão para isso: não devemos jurar "pelo Céu, porque é o trono de Deus,
nem pela Terra, porque é o escabelo de Seus pés, nem por Jerusalém, porque é a
cidade do grande Rei, nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo
branco ou preto". Mat. 5:34-36.
“Todas as
coisas vêm de Deus. Nada temos que não tenhamos recebido; e, mais ainda, não
temos nada que não haja sido comprado para nós pelo sangue de Cristo. Tudo
quanto possuímos, recebemos selado com a cruz, comprado com o sangue cujo valor
é inapreciável, pois é a vida de Deus. Daí, não há coisa alguma que, como se
fora nossa mesma, tenhamos o direito de empenhar para o cumprimento de nossa
palavra.
Os judeus
compreendiam o terceiro mandamento como proibição do emprego profano do nome de
Deus; mas se julgavam na liberdade de empregar outros juramentos. O jurar era
coisa comum entre eles. Haviam sido proibidos, por intermédio de Moisés, de
jurar falsamente; mas tinham muitos meios de se livrar da obrigação imposta por
um juramento. Não temiam
condescender
com o que era realmente profano, nem recuavam do perjúrio, contanto que o mesmo
estivesse velado por qualquer técnica evasiva à lei.
Jesus lhes condenou as práticas,
dizendo que seu costume de jurar era uma transgressão ao mandamento de Deus.”-MDC
66.
b) A única exceção para permissão
do juramento é o judicial.
“Vi que as
palavras de nosso Senhor: "de maneira nenhuma jureis", não se referem
ao juramento judicial. "Seja, porém, o vosso falar: "Sim, sim; não,
não; porque o que passa disto é de procedência maligna." Mat. 5:34 e 37.
Isto se refere a conversações comuns. Alguns exageram em sua linguagem. Outros
juram pela própria vida; outros, pela sua cabeça - tão certo como eles viverem;
tão certo como terem cabeça. Uns tomam o Céu e a Terra como testemunhas de que
tais coisas são assim. Outros ainda esperam que Deus lhes tire a existência se
o que estão dizendo não é verdade. É contra esta espécie de juramento comum que
Jesus adverte Seus discípulos.”- I TS 72.